A tua resposta (falada) à carta

Não te interessa saber o que sentes. Decidiste que ias ser fiel à tua opinião, que não ias "voltar atrás". Não queres ser responsável por uma eventual recaída, nem arcar com as consequências.
Ficaste triste com as minhas palavras da carta e pela forma (dura) como as disse. Acho que, ainda assim, foi fundamental para perceberes como eu me sinto com as tuas incoerências e para imaginares como te sentirias se trocássemos de papéis.
Agora resta-te aceitar que não podes ter certas exigências/necessidades emocionais em relação a mim, não tens esse privilégio no contexto actual. Estou a fazer das tripas coração para quebrar o ciclo, vou conseguir ultrapassar isto (não sei o que o futuro me reserva, mas vou centrar-me no presente, aproveitar a vida).

A Inteligência do Coração

"Na escola aprendemos história, geografia, matemática, francês, desenho e ginástica... E sobre a afectividade, o que é que aprendemos? Nada. Nada sobre a forma como intervir quando se desencadeia um conflito num elevador. Nada sobre o luto, nada sobre o domínio do medo, nada sobre a expressão sã da ira. (...)
Não é a razão que guia o mundo, são as emoções. Já é altura de nos preocuparmos com isso. À inteligência da cabeça, adicionemos a do coração. (...)
Por não gerirmos convenientemente as nossas emoções, verdadeiras doenças relacionais, ferimo-nos uns aos outros. Um consumo médico impressionante, abuso de tabaco e de álcool, dificuldades de comunicação, solidão crescente, racismo e exclusão... são sintomas de doença social."


FILLIOZAT, I. (1997). A Inteligência do Coração.